Num mundo onde a desinformação é facilmente disseminada, compreender os seguros automóvel pode parecer um enigma repleto de mitos e meias-verdades. É hora de pôr fim a alguns dos equívocos mais comuns que rondam o tema dos seguros auto e esclarecer os pontos que muitas vezes são mal-entendidos.
Muitos acreditam que 'quanto mais antigo o carro, mais barato o seguro', mas esta ideia não poderia estar mais distante da verdade. Os veículos mais antigos podem ser menos valiosos, mas frequentemente requerem mais manutenção e, em caso de acidente, as peças de substituição podem ser mais difíceis de encontrar. As seguradoras consideram tudo isto e mais quando calculam os prémios de seguro, e não apenas o valor de mercado do carro.
Outro mito popular é a ideia de que 'quanto menos se conduz, menos se paga'. Embora seja verdade que menos quilometragem pode diminuir o risco de acidentes, não é o único fator em consideração. Outros aspectos, como o histórico de condução e o tipo de veículo, também pesam na balança quando as companhias de seguro calculam o custo total do prémio.
Existem ainda aqueles que acreditam na proteção total proporcionada por uma apólice de cobertura mínima obrigatória. Este é um erro que pode sair caro. Enquanto as coberturas básicas são obrigatórias por lei para garantir alguma forma de assistência, elas raramente cobrem todos os possíveis incidentes ou os custos associados a acidentes de maior escala. Aqui, consultar um especialista pode evitar surpresas desagradáveis ao perceber que a cobertura é insuficiente quando mais se precisa.
Muitos motoristas subestimam o impacto do seu histórico de crédito sobre os custos de seguro, pensando erroneamente que isso não tem relação com a sua capacidade de conduzir. No entanto, muitas seguradoras utilizam o histórico de crédito como um indicador para prever a probabilidade de apresentação de um pedido de indemnização. Assim, manter um bom crédito pode reduzir significativamente o custo do seguro.
Em tempos mais recentes, a telemática tem emergido como uma solução revolucionária para muitos condutores, mas também trouxe consigo a crença de que estes dispositivos 'monitorizam cada movimento e encaminham multas automaticamente'. A realidade é que a telemática foca-se em aspetos como velocidades médias, travagens bruscas e horas de condução para definir um perfil de risco mais preciso. Estes dados são usados sobretudo para adaptar o seguro ao comportamento real do condutor e, consequentemente, calcular prémios mais justos.
Finalmente, a persistência do mito de que 'a cor do carro afeta o seguro' continua a desapontar muitos entusiastas de automobilia. A verdade é que a cor do carro não influencia de modo algum o cálculo do prémio de seguro. Fatores como marca, modelo e ano são bastante mais determinantes na equação do cálculo do seguro.
Desmistificar estes e outros mitos é um passo importante para todos os proprietários de automóveis que desejam compreender verdadeiramente o funcionamento dos seguros auto e tomar decisões informadas e inteligentes que afetem não só o seu bolso, mas também a sua tranquilidade. Longe dos labirintos das falsas crenças, os condutores esclarecidos são capazes de navegar no mundo dos seguros com confiança e segurança.
Os mitos mais comuns sobre seguro auto desmistificados
