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Desafios atuais da saúde mental em Portugal: um olhar sobre a adolescência

Nos últimos anos, a saúde mental tem ganho crescente atenção em debates públicos e plataformas mediáticas, refletindo uma preocupação em larga escala que afeta todas as sociedades contemporâneas. Em Portugal, os jovens adolescentes estão particularmente vulneráveis, não apenas pela pressão social e académica, mas também pelas mudanças biopsicossociais próprias da idade.

Encontramo-nos num momento complexo em que as nuances do mundo digital, as expectativas educacionais e as incertezas em relação ao futuro criam um caldo de cultivo propício para o aumento de transtornos como a ansiedade e a depressão entre jovens. Os dados indicam um crescimento nas taxas de adoecimento mental nesta faixa etária, mas os desafios vão muito além dos números: a identificação de sintomas e a busca de ajuda continuam a ser barreiras significativas.

As escolas e centros educativos, embora estejam cientes da importância do bem-estar mental, muitas vezes carecem de recursos ou formação para lidar adequadamente com estas questões. Psicólogos escolares desempenham um papel fundamental, porém, enfrentam limitações logísticas e falta de financiamento que impedem um atendimento abrangente.

Adicionalmente, a pandemia de COVID-19 exacerbou muitas destas questões, com jovens forçados a adaptar-se abruptamente ao ensino à distância e à redução do contato social. Esta isolação involuntária contribuiu para agravar perturbações emocionais, tornando urgente a comunicação e o cuidado empático com este grupo etário.

Familiares e amigos são muitas vezes os primeiros a perceber mudanças no comportamento dos adolescentes, mas falar abertamente sobre saúde mental continua a ser um estigma. São necessárias campanhas de sensibilização que normalizem o diálogo e incentivem a procura de profissionais qualificados como psicólogos ou psiquiatras.

Portugal tem um serviço nacional de saúde que oferece apoio psicológico, porém, a espera por consultas pode ser longa e os serviços privados nem sempre são uma opção viável para todas as famílias devido aos custos associados. Isto ressalta a importância de políticas de saúde pública que priorizem o acesso ao apoio psicológico gratuito e rápido.

Para melhorar a situação, é fundamental investir na formação de profissionais especializados para lidar com adolescentes e em redes de apoio que integrem diferentes setores da sociedade. Projetos de intervenção precoce e programas de suporte personalizados podem ser chaves para ajudar adolescentes a navegar por esses desafios complexos.

Concluindo, a saúde mental dos adolescentes em Portugal precisa de uma atenção crítica e coordenada. Apenas através do esforço conjunto de escolas, famílias, profissionais da saúde e instituições públicas será possível criar um ambiente propício para a saúde emocional sólida dos nossos jovens.

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