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a verdade oculta sobre os suplementos alimentares no mercado português

No labirinto das prateleiras das farmácias e lojas de produtos naturais em Portugal, os suplementos alimentares tornaram-se uma tendência em crescimento. Prometendo milagres de saúde e bem-estar, muitos portugueses têm recorrido a estas cápsulas coloridas na esperança de melhorar a sua qualidade de vida. Mas o que realmente sabemos sobre estes produtos e como estão a ser regulamentados no mercado nacional?

Com a promessa de fortalecer o sistema imunológico, aumentar a energia ou até mesmo reverter os sinais do envelhecimento, os suplementos alimentares têm captado cada vez mais adeptos. Um estudo recente indica que cerca de 60% dos adultos em Portugal já consumiram algum tipo de suplemento. No entanto, poucas pessoas estão cientes das regulamentações (ou da falta delas) que regem este mercado.

A legislação europeia estabelece normas estritas para a produção e comercialização de suplementos alimentares, mas a aplicação e fiscalização dessas regras varia entre os países. Em Portugal, a responsabilidade de regulamentar e controlar estes produtos recai sobre a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Contudo, a capacidade de fiscalização é limitada, resultando em produtos que nem sempre são o que aparentam ser.

Existem diversas histórias de consumidores que compraram suplementos acreditando nos prometidos benefícios, apenas para descobrir que não passavam de placebos. E de quem é a culpa? Muitos apontam para o marketing agressivo e enganoso das empresas, que por vezes não hesitam em prometer resultados sem provas científicas sólidas.

No entanto, há também aqueles que defendem a eficácia de certos suplementos, citando estudos que comprovam benefícios em determinadas condições de saúde. Por exemplo, a vitamina D é amplamente recomendada por profissionais de saúde devido ao seu papel crucial na saúde óssea e imunológica, especialmente no clima menos ensolarado de Portugal.

Os especialistas concordam que o consumo de suplementos deve ser criteriosamente avaliado e, de preferência, supervisionado por um médico ou nutricionista. A automedicação com vitaminas e minerais pode ser não só ineficaz, mas até prejudicial. Existe o risco de toxicidade quando consumidos em excesso, uma vez que o nosso organismo tem limites na quantidade que consegue processar e armazenar.

Face a este cenário complexo, como podem os consumidores fazer escolhas informadas? É essencial pesquisar, questionar e, acima de tudo, procurar aconselhamento profissional. Os rótulos devem ser cuidadosamente analisados, com atenção aos ingredientes, doses recomendadas e informações de segurança. Além disso, é crucial estar atento a qualquer aviso da DGAV sobre produtos específicos.

No final do dia, os suplementos alimentares podem ter um lugar na nossa dieta, seja para colmatar deficiências nutricionais ou para oferecer suporte extra em períodos de maior necessidade. Mas é essencial lembrar que um estilo de vida saudável, baseado numa alimentação equilibrada, exercício físico e hábitos de sono adequados, continua a ser a pedra angular de uma boa saúde.

Através de uma abordagem cautelosa e bem-informada, os portugueses podem evitar ser enganados por promessas vazias e aproveitar ao máximo os benefícios que os suplementos têm para oferecer quando usados devidamente. Afinal, na jornada por uma vida saudável, informação é poder.

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