Seguros

Energia

Serviços domésticos

Telecomunicações

Saúde

Segurança Doméstica

Energia Solar

Seguro Automóvel

Aparelhos Auditivos

Créditos

Educação

Paixão por carros

Seguro de Animais de Estimação

Blogue

O futuro das telecomunicações: como a inteligência artificial está a revolucionar o setor

O setor das telecomunicações em Portugal atravessa uma transformação profunda, impulsionada pela inteligência artificial e pelas novas tecnologias. As operadoras nacionais estão a investir milhões em sistemas inteligentes que prometem mudar radicalmente a forma como nos relacionamos com os serviços de comunicação.

A Vodafone Portugal anunciou recentemente a implementação de um sistema de IA que previne falhas na rede antes mesmo que ocorram. Através de algoritmos preditivos, a empresa consegue antecipar problemas técnicos e enviar equipas de manutenção para locais específicos, reduzindo em 40% as interrupções de serviço. Esta tecnologia já está a ser testada em Lisboa e Porto, com planos de expansão para todo o país até final do ano.

A Meo, por sua vez, desenvolveu um assistente virtual que utiliza processamento de linguagem natural para resolver 80% das questões dos clientes sem intervenção humana. O sistema, alimentado por machine learning, aprende com cada interação e torna-se mais eficiente com o tempo. Os resultados mostram uma redução de 65% no tempo de espera nas linhas de apoio ao cliente.

A Nowo aposta na computação quântica para melhorar a segurança das comunicações. Através de uma parceria com o Instituto de Telecomunicações, a empresa está a desenvolver sistemas de encriptação impossíveis de violar com a tecnologia atual. Este avanço pode significar o fim dos ataques cibernéticos às infraestruturas críticas de telecomunicações.

As redes 5G continuam a expandir-se pelo território nacional, com cobertura já disponível em 85% dos concelhos portugueses. A nova tecnologia não significa apenas internet mais rápida nos telemóveis - está a permitir avanços revolucionários na medicina à distância, na agricultura inteligente e nas cidades conectadas. Cirurgiões no Porto já realizaram operações remotas usando a latência mínima da rede 5G, com pacientes localizados em hospitais do Algarve.

O roaming na União Europeia tornou-se mais acessível, mas as operadoras portuguesas enfrentam novos desafios com a entrada em vigor do regulamento europeu de comunicações eletrónicas. As regras mais rigorosas sobre neutralidade da rede e proteção de dados obrigam a investimentos adicionais em infraestrutura e sistemas de compliance.

A fibra ótica atinge agora 92% dos lares portugueses, colocando o país entre os mais avançados da Europa em termos de conectividade. No entanto, persistem assimetrias regionais preocupantes - enquanto as zonas urbanas disfrutam de velocidades de 1Gbps, muitas aldeias do interior ainda dependem de satélite ou rádio.

A sustentabilidade tornou-se uma prioridade para o setor. A NOS anunciou que até 2025 toda a sua energia será proveniente de fontes renováveis, incluindo a instalação de painéis solares em 500 centrais telefónicas. A empresa está também a reciclar equipamentos antigos para reduzir o lixo eletrónico.

Os preços dos pacotes de telecomunicações mantêm-se estáveis, mas os consumidores queixam-se da complexidade das opções disponíveis. A ANACOM recebeu mais de 1500 reclamações no primeiro semestre sobre cláusulas contratuais pouco claras e aumentos de preço não comunicados atempadamente.

O teletrabalho veio para ficar e as operadoras adaptaram-se rapidamente. Pacotes empresariais com prioridade de rede, cloud storage integrado e segurança reforçada são agora os produtos mais procurados pelas PME nacionais. Estima-se que 60% das empresas portuguesas mantêm regimes híbridos de trabalho.

O futuro próximo trará ainda mais inovações. A implantação de redes 6G está prevista para 2030, prometendo velocidades 100 vezes superiores às atuais. A internet por satélite de baixa órbita, liderada por projetos como o Starlink, começa a chegar a Portugal, oferecendo alternativa às zonas mais remotas.

As telecomunicações deixaram de ser apenas sobre fazer chamadas ou navegar na internet. Tornaram-se o sistema nervoso da sociedade digital, uma infraestrutura crítica tão importante como a eletricidade ou a água. E Portugal está na linha da frente desta revolução silenciosa que está a transformar o nosso quotidiano.

Tags