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o futuro dos seguros automóveis numa era de veículos elétricos

Nos últimos anos, a indústria automóvel tem sofrido transformações que remodelam não só a mobilidade mas também os mercados adjacentes, como o setor dos seguros. Veículos elétricos e autónomos, juntamente com um crescendo na conectividade dos carros, têm apresentado desafios inéditos para seguradoras em todo o mundo.

A penetração de veículos elétricos massificou-se firmemente nas estradas portuguesas, alterando as perceções sobre sustentabilidade e eficiência energética. No entanto, este paradigma levanta questões interessantes sobre como devemos analisar e valorizar o risco associado. A previsão de eventualidades difere de forma notória de modelos tradicionais a combustível fóssil.

Com menos peças móveis, os VE's tendem a apresentar avarias mecânicas reduzidas, sendo mais dependentes tecnologicamente. A que ponto este tipo de veículo, muitas vezes considerado mais seguro devido ao menor risco de incêndio ou explosão, influencia o equilíbrio entre prémios de seguro mais baixos e a necessidade de maior cobertura para danos eletrónicos ou incidentes cibernéticos?

As seguradoras precisam de se adaptar e inovar, como têm vindo a demonstrar algumas das principais companhias. Estamos a ver políticas que começam a incluir, por exemplo, cobertura para componentes de baterias, garantias relacionadas a atualizações de software e até mesmo serviços de assistência específicos para resolver questões de carregamento.

Outra tendência emergente é o uso de dados em tempo real. Graças aos sistemas avançados de telemetria e aplicativos interconectados, é possível personalizar os prémios com precisão cirúrgica, analisando os hábitos de condução, uso geral do automóvel e padrões de mobilidade. A transparência aqui é ponto fulcral; mesmo com as balizas legais impostas pela proteção de dados, muitas seguradoras estão a alavancar estas ferramentas para beneficiar todos os envolvidos.

A transição para a mobilidade autónoma é o próximo grande desafio. Como classificar a responsabilidade em acidentes envolvendo veículos com poucos comandos humano? A legislação ainda precisa de acompanhar esta evolução súbita, e as seguradoras, enquanto esperam regulamentação clara, estão a experimentar híbridos de soluções provisórias.

Comparando o mercado local com o internacional, observamos abordagens variadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, as seguradoras estão a investir em gêmeos digitais, simulações hiper-realistas que calculam riscos em cenários até agora impensáveis. Por outro lado, em nações como a Alemanha, o foco tem sido a investigação colaborativa entre construtores, tecnólogos e seguradoras para formulações de política abrangente.

Portugal não deve ficar para trás, e é importante debater mais estes temas no panorama mediático. Divulgar a necessidade de literacy digital entre potenciais seguradores e explorações de inovação doméstica poderá rejuvenescer o interesse e a paixão por novas abordagens ao seguro de automóveis.

A adaptação é inevitável. A forma como conduzimos, adquirimos e, sobretudo, seguramos os nossos veículos está num ponto de inflexão. O futuro dos seguros automóveis em Portugal será seguramente excitante e requer observação atenta, quer por parte dos consumidores, quer por todas as partes interessadas.

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