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O futuro dos seguros auto em Portugal: como a tecnologia está a revolucionar a proteção automóvel

A indústria dos seguros automóveis em Portugal está a atravessar uma transformação digital sem precedentes. As seguradoras nacionais estão a adoptar tecnologias inovadoras que prometem mudar radicalmente a forma como protegemos os nossos veículos. Desde a telemetria até aos algoritmos de inteligência artificial, o sector está a evoluir a um ritmo acelerado.

A telemetria emerge como uma das tendências mais disruptivas. Através de dispositivos instalados nos veículos ou aplicações móveis, as companhias conseguem monitorizar os hábitos de condução em tempo real. Esta tecnologia permite criar seguros personalizados, onde os condutores mais cuidadosos pagam menos pelos seus seguros. Em Portugal, várias seguradoras já oferecem esta opção, premiando a condução segura com descontos significativos.

A inteligência artificial está a revolucionar a análise de sinistros. Algoritmos sofisticados conseguem agora avaliar danos automóveis através de fotografias, acelerando processos que antes demoravam semanas. Esta automatização não só reduz custos operacionais como melhora significativamente a experiência do cliente, que recebe indemnizações de forma mais rápida e eficiente.

Os veículos autónomos representam outro desafio para o sector segurador. À medida que estes carros começam a circular nas estradas portuguesas, surgem questões complexas sobre responsabilidade civil. Quem será responsável em caso de acidente: o proprietário, o fabricante ou o programador do software? As seguradoras estão a desenvolver produtos específicos para esta nova realidade, criando coberturas adaptadas aos riscos da condução autónoma.

A cibersegurança automóvel tornou-se uma preocupação crescente. Com os carros modernos a transformarem-se em computadores sobre rodas, o risco de ataques hackers aumenta exponencialmente. Seguradoras portuguesas começam a oferecer coberturas contra sequestro digital de veículos e proteção de dados pessoais armazenados nos sistemas dos automóveis.

A sustentabilidade influencia cada vez mais o mercado de seguros. Condutores de veículos elétricos e híbridos beneficiam de prémios mais baixos, reflectindo não apenas o menor risco ambiental mas também os avanços tecnológicos nestes veículos. Esta tendência alinha-se com as políticas ambientais nacionais e europeias, incentivando a transição para mobilidade mais verde.

A pandemia COVID-19 acelerou a digitalização do sector. Processos que antes exigiam deslocações presenciais a mediadores ou balcões das seguradoras podem agora ser concluídos integralmente online. Esta transformação veio para ficar, oferecendo maior conveniência aos consumidores enquanto reduz custos para as empresas.

As insurtechs – startups tecnológicas focadas em seguros – estão a desafiar as tradicionais companhias seguradoras. Com modelos de negócio ágeis e orientados para o digital, estas empresas capturam uma fatia crescente do mercado, forçando as seguradoras estabelecidas a inovar rapidamente.

A regulamentação europeia exerce pressão adicional sobre o sector. Directivas como a IDD (Insurance Distribution Directive) impõem requisitos rigorosos de transparência e proteção ao consumidor, enquanto novas regulamentações sobre privacidade de dados limitam a forma como as seguradoras podem utilizar informação dos clientes.

O papel dos mediadores de seguros está a evoluir. Em vez de simplesmente vender apólices, estes profissionais transformam-se em consultores especializados, ajudando os clientes a navegar num mercado cada vez mais complexo e tecnológico.

O futuro dos seguros auto em Portugal parece promissor, com tecnologia a permitir produtos mais personalizados, processos mais eficientes e preços mais justos. No entanto, desafios persistem, desde a adaptação à regulamentação até à proteção contra novas formas de risco digital. Uma coisa é certa: o seguro automóvel nunca mais será o mesmo.

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