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Impacto dos veículos elétricos no setor de seguros automóvel

Nos últimos anos, temos assistido a uma transformação significativa no panorama automóvel global, com a crescente popularidade dos veículos elétricos. Esta mudança não só está a redefinir a forma como nos deslocamos, mas também está a transformar setores adjacentes, como o das seguradoras de automóveis. Mas que impacto real têm os carros elétricos no mercado dos seguros automóveis, especialmente num país como Portugal?

Para começar, é importante entender como a tipologia destes veículos está a gerar novas dinâmicas no cálculo do risco de seguro. Os veículos elétricos, em comparação com os carros a combustão interna, geralmente possuem menos peças móveis e, por conseguinte, um menor risco de avarias mecânicas. Contudo, os seus sofisticados sistemas eletrónicos trazem consigo um novo conjunto de desafios e, potencialmente, custos elevados de reparação.

O peso da bateria dos veículos elétricos também constitui um ponto de interesse para as seguradoras. O aumento de peso pode influenciar a segurança em caso de acidente, apesar de muitos modelos elétricos possuírem tecnologias avançadas de segurança ativa e passiva. Aqui entra em consideração o índice de segurança destas viaturas, que tende a ser elevado devido a inovações como a frenagem automática e a assistência de faixa, que podem reduzir a frequência de acidentes.

Outro aspeto a analisar são os incentivos fiscais e de circulação geralmente associados aos veículos elétricos. Em Portugal, como em muitos outros países, os proprietários de carros elétricos beneficiam de algumas vantagens, como estacionamentos gratuitos ou transportes públicos mais baratos. Estas condições, por sua vez, podem influenciar positivamente o cálculo prémio do seguro, tornando-o mais apelativo para os consumidores.

Além disso, a sustentabilidade e a preocupação ambiental cada vez mais presentes na mente dos consumidores impulsionaram as seguradoras a adaptarem as suas ofertas para atender a esta procura crescente. Alguns seguros automóveis agora incluem cobertura para recargas e até mesmo assistência em caso de falha de energia.

Contudo, nem tudo são benefícios e oportunidades. O preço ainda elevado dos veículos elétricos, apesar de em queda, pode implicar valores de apólices superiores, já que o custo de substituição ou reparação de um carro elétrico danificado tende a ser mais elevado que o de um carro convencional. Além do mais, a especificidade dos serviços de assistência requer profissionais especializados, cujos custos também se refletem nas condições dos seguros.

A transição para veículos elétricos também levanta questões sobre a adaptabilidade da infraestrutura existente. Por exemplo, a disponibilidade de estações de carregamento em áreas mais remotas pode ser limitada, influenciando as condições gerais de segurança e assistência em viagem oferecidas pelos seguros.

Por último, e não menos importante, é necessário abordar a questão da tecnologia avançada em veículos elétricos e como a conectividade constante pode influenciar o risco de ciberataques. Embora esta seja uma preocupação emergente, futuramente deverá ser ponderada pelas seguradoras ao desenharem novas apólices para este tipo de veículos.

Em suma, os veículos elétricos estão provocando uma mudança no paradigma dos seguros automóveis em Portugal. Este desafio traz consigo tanto oportunidades para inovar como obstáculos a superar, sendo crucial que as seguradoras reajam proativamente para se manterem competitivas e relevantes neste mercado em rápida evolução.

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