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Seguros para animais exóticos: o que precisa de saber antes de adotar um pet fora do comum

A tendência de adotar animais exóticos como animais de estimação tem vindo a crescer de forma significativa em Portugal. De iguanas a furões, passando por araras e até mesmo por ouriços-cacheiros, cada vez mais portugueses optam por companheiros fora do convencional. No entanto, esta escolha traz consigo uma série de considerações importantes, especialmente no que diz respeito aos seguros para animais de estimação.

Muitos donos destes pets desconhecem que a maioria das apólices de seguro tradicionais não cobre animais exóticos. As seguradoras tendem a considerar estes animais como de maior risco, devido aos custos veterinários especializados e à escassez de profissionais qualificados para os tratar. Um dono de uma iguana, por exemplo, pode enfrentar custos veterinários até três vezes superiores aos de um cão ou gato.

A realidade é que os cuidados de saúde para animais exóticos requerem conhecimentos específicos. Enquanto uma clínica veterinária comum pode tratar um gato ou um cão, poucas estão equipadas para diagnosticar e tratar doenças em répteis ou aves exóticas. Esta especialização reflete-se naturalmente no preço dos tratamentos e, consequentemente, nos prémios de seguro.

Curiosamente, o mercado começa a adaptar-se a esta nova realidade. Algumas seguradoras já oferecem coberturas específicas para animais exóticos, embora com limitações e exclusões que importa conhecer detalhadamente. É fundamental ler as letras pequenas do contrato, pois muitas apólices excluem tratamentos relacionados com problemas comportamentais ou condições pré-existentes.

Os custos variam consoante a espécie, idade e historial clínico do animal. Um furão jovem e saudável pode ter um prémio mensal na ordem dos 15 euros, enquanto uma arara pode exigir um investimento superior a 30 euros mensais. Estes valores, aparentemente elevados, tornam-se insignificantes quando confrontados com uma emergência veterinária que pode custar centenas ou mesmo milhares de euros.

Além dos aspetos financeiros, existem considerações legais importantes. Em Portugal, a posse de certos animais exóticos está sujeita a licenças específicas e regulamentação apertada. Um seguro adequado não só protege o bolso do dono, como pode ser um requisito para a obtenção dessas licenças.

Os especialistas recomendam que, antes de adotar um animal exótico, os potenciais donos investiguem não apenas as necessidades do animal em termos de habitat e alimentação, mas também a disponibilidade de seguros e cuidados veterinários na sua área de residência. A falta de planeamento nestas áreas pode levar a situações de abandono ou sofrimento animal.

A verdade é que ter um animal exótico é uma experiência enriquecedora, mas que exige responsabilidade acrescida. Desde a escolha da espécie adequada ao estilo de vida da família, até à seleção do seguro mais apropriado, cada passo deve ser ponderado com cuidado. Afinal, estes animais merecem tanto cuidado e proteção como qualquer outro membro da família.

No final do dia, a decisão de segurar um animal exótico não é apenas uma questão financeira – é uma demonstração de compromisso com o bem-estar de um ser vivo que depende inteiramente dos seus cuidadores. E nesse aspeto, não há preço que pague a tranquilidade de saber que se está preparado para qualquer eventualidade.

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