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Seguro para animais de estimação: o guia completo que todos os tutores precisam de ler

Num país onde mais de metade dos lares portugueses tem pelo menos um animal de estimação, a questão dos cuidados de saúde veterinários tornou-se uma preocupação crescente. Muitos tutores descobrem demasiado tarde que uma simples consulta pode custar mais de 50 euros, enquanto uma cirurgia de emergência pode facilmente ultrapassar os mil euros.

A realidade é que os nossos companheiros de quatro patas envelhecem, adoecem e, tal como nós, necessitam de cuidados médicos regulares. A diferença? Eles não têm acesso ao Serviço Nacional de Saúde. É aqui que entra o seguro para animais de estimação, uma solução ainda pouco conhecida em Portugal mas que está a ganhar terreno rapidamente.

Os seguros para pets funcionam de forma semelhante aos seguros de saúde humanos. Existem diferentes tipos de coberturas: básicas (que incluem acidentes), intermédias (acidentes e doenças) e completas (que cobrem até cuidados preventivos como vacinas e desparasitações). O preço varia consoante a raça, idade e historial clínico do animal, podendo oscilar entre 10 a 50 euros mensais.

Mas será que vale a pena? A matemática é simples: um cão de raça grande, como um Pastor Alemão, tem uma probabilidade elevada de desenvolver problemas articulares ao longo da vida. Uma cirurgia à anca pode custar entre 1500 a 3000 euros. Pagando 25 euros por mês de seguro, em cinco anos terá pago 1500 euros – exatamente o valor de uma única cirurgia.

As exclusões são um ponto crucial a analisar. A maioria das apólices não cobre condições pré-existentes, doenças hereditárias de determinadas raças ou tratamentos dentários de rotina. Algumas seguradoras impõem também períodos de carência que podem variar entre 14 a 30 dias para acidentes e até 6 meses para doenças.

A escolha da seguradora requer pesquisa cuidadosa. Em Portugal, operadoras como a Fidelidade, Ageas e Médis oferecem produtos específicos para animais, mas surgiram também players especializados como a Petable e a Animalia. A comparação deve incluir não apenas o preço, mas também o plafond anual, a franquia, a rede de clínicas parceiras e as avaliações de outros clientes.

Os testemunhos reais falam por si. A Carla, tutora de um Labrador de 4 anos, partilha: "O meu cão engoliu uma bola de ténis e precisou de uma cirurgia de emergência. A conta foi de 1200 euros e o seguro cobriu 80%. Sem ele, teria de pedir um empréstimo". Já o Ricardo alerta: "Contratei o seguro mais barato e depois descobri que não cobria as consultas de rotina. Acabei por pagar do meu bolso as vacinas anuais".

Para tutores de animais séniores ou com condições crónicas, a contratação pode ser mais difícil ou dispendiosa, mas não impossível. Algumas seguradoras aceitam animais até 8 anos sem exigir exames médicos prévios, enquanto outras especializam-se precisamente em casos considerados de risco.

O futuro dos seguros para animais em Portugal parece promissor. Com a humanização dos pets e o aumento dos custos veterinários, cada vez mais portugueses veem estes produtos não como uma despesa, mas como um investimento na saúde dos seus companheiros. Afinal, como diz o velho ditado: mais vale prevenir do que remediar – especialmente quando a conta do remédio pode chegar a valores surpreendentes.

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