Seguros

Energia

Serviços domésticos

Telecomunicações

Saúde

Segurança Doméstica

Energia Solar

Seguro Automóvel

Aparelhos Auditivos

Créditos

Educação

Paixão por carros

Seguro de Animais de Estimação

Blogue

As insurtechs e o futuro dos seguros em Portugal

A inovação tecnológica tem revolucionado diversos setores, e o mercado de seguros não é exceção. As insurtechs, termo que deriva da combinação das palavras 'insurance' e 'technology', estão a transformar a forma como os seguros são oferecidos e geridos em Portugal, promovendo a agilidade, a personalização e uma maior eficiência na resolução de sinistros.

Historicamente conhecido pela burocracia e lentidão nos processos, o setor de seguros passou a ver nas insurtechs não apenas uma ameaça, mas uma oportunidade de modernização e competitividade. Empresas como Lemonade e Hippo trouxeram novas perspetivas ao criar experiências quase totalmente digitais, onde as apólices podem ser contratadas com apenas alguns cliques e os sinistros resolvidos em tempo recorde.

Em Portugal, o cenário não é muito diferente. Novas startups estão a emergir, apostando em tecnologias disruptivas como a inteligência artificial, machine learning, e big data para analisar padrões de comportamento e oferecer produtos personalizados, que melhor se ajustam ao perfil e necessidades de cada cliente.

A adesão dos consumidores tem sido encorajadora. Com a pandemia de COVID-19, a necessidade de serviços remotos e simplificados tornou-se ainda mais crucial, impulsionando o crescimento e aceitação das insurtechs no mercado nacional. Além disso, há uma geração mais jovem de consumidores que valoriza a conveniência e transparência que estas plataformas oferecem.

No entanto, para as empresas tradicionais, a integração dessas tecnologias pode não ser um percurso sem dificuldades. Há um desafio claro em adaptar-se a um modelo de negócio mais ágil sem comprometer a estrutura robusta que foi construída ao longo dos anos. Algumas seguradoras optaram por parcerias estratégicas com insurtechs, enquanto outras investiram em inovação interna para manter a sua relevância competitiva.

O regulador, por sua vez, enfrenta a questão de como equilibrar a inovação com a proteção do consumidor. A regulação em torno das insurtechs ainda está a evoluir, e o Banco de Portugal e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) têm desempenhado um papel importante na criação de um ambiente regulamentar que incentive o crescimento sustentável deste ecossistema.

O futuro parece promissor, mas também recheado de desafios. As insurtechs terão que continuar a provar o seu valor, não apenas através de inovações tecnológicas, mas também garantido segurança, confiança e solidez financeira aos seus clientes. Para o consumidor português, a promessa é clara: um caminho para seguros mais acessíveis, rápidos e adaptados à realidade do mundo moderno.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, será crucial que o setor de seguros em Portugal não apenas a adote, mas a integre de forma inteligente e eficaz em suas operações diárias. Apenas então as insurtechs poderão cumprir o seu potencial total e redefinir o que significa segurança e confiança no mundo dos seguros.

Tags